quinta-feira, 21 de abril de 2011

Introdução - Sistemas de Classificação dos Seres Vivos

Desde tempos remotos, o Homem sentiu necessidade de organizar o mundo que o rodeava, ordenando e classificando a grande diversidade de seres vivos que com ele partilha o planeta. Na actualidade encontram-se classificadas cerca de 2 milhões de espécies.
O Ramo da Biologia que se dedica à identificação dos grupos de seres vivos e respectiva nomenclatura, segundo critérios definidos, designa-se de Taxonometria.
Se compararmos as características de diferentes seres vivos, de forma a definir a sua linha evolutiva, entramos no campo da Sistemática, ou seja, da Biologia Comparativa. A Sistemática engloba dados da Taxonometria e da Biologia Evolutiva, para tentar compreender a história evolutiva dos organismos e as suas relações de parentesco.
O sistema de classificação de Lineu, sendo um sistema hierárquico, dividiu os seres vivos de acordo com categorias taxonómicas com diferentes extensões.
A categoria taxonómica mais abrangente é o Reino, que se subdivide em categorias progressivamente menos abrangentes. O Reino subdivide-se em Filos (ou Divisões no caso de tratar de uma subdivisão do Reino Plantae), cada Filo em Classes, cada Classe em Ordens, cada Ordem em Famílias e cada Família em Géneros. No fim da cadeia das categorias taxonómicas, encontramos o menor grupo, que é a unidade básica da classificação: a Espécie.
Um pouco de História
Aristóteles estabeleceu sistemas de classificação racionais baseados em características estruturais dos seres vivos. Considerou apenas dois reinos: o Reino Animal (Animalia) e o Reino Vegetal (Plantae).
 Carl Lineu desenvolveu um dos primeiros sistemas de classificação com um grau de estruturação assinalável. Estes sistemas, apesar de terem evoluído e de se terem diversificado, mantêm intacto a hierarquizaram proposta por Lineu.
Haeckel estabeleceu um 3º reino de seres vivos: o Reino Protista. Neste reino inclui as algas, os protozoários e as bactérias.
Copeland introduziu o Reino Monera, surgindo o sistema de classificação em quatro reinos. O Reino Monera é constituído por seres vivos que têm uma organização celular procariótica
Em 1969, Whittaker propôs um sistema de classificação em cinco reinos, no qual os fungos passam a constituir um reino independente: Reino Fungi. Whittaker, ao classificar os seres vivos, apoiou-se no seu nível trófico e organização estrutural.
Mas, como todos os sistemas de classificação, o de Whittaker também apresenta algumas limitações, indicadas pelo próprio autor. Em 1979, Whittaker apresenta uma visão modificada do seu sistema de cinco reinos. Desta forma, o grupo de Protistas começou a incluir fungos flagelados, algas unicelulares e multicelulares.
Resumindo, Whittaker, no seu sistema de classificação dos seres vivos, considerava a existência de cinco reinos:
. Reino Animalia;
. Reino Plantae;
. Reino Fungi;
. Reino Protista;
. Reino Monera.

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