sexta-feira, 22 de abril de 2011

Distúrbios (Transtornos) Alimentares: Causas e Tratamento

Não há uma única etiologia responsável pelos transtornos alimentares. Acredita-se no modelo multifatorial, com participação de componentes biológicos, genéticos, psicológicos, socioculturais e familiares.

a) Fatores genéticos: pesquisas indicam maior prevalência de transtornos alimentares em algumas famílias, sugerindo uma agregação familiar com possibilidade de um fator genético associado. Estudos com gêmeos monozigóticos e dizigóticos também apontam a genética como possível participante etiologia dos transtornos alimentares.

b) Fatores biológicos: alterações nos neurotransmissores moduladores da fome e da saciedade como a noradrenalina, serotonina, colecistoquinina e diferentes neuropeptídeos têm sido postuladas como predisponentes para os transtornos alimentares. Existem dúvidas se tais alterações acontecem primariamente ou são decorrentes do quadro.

 c) Fatores socioculturais: a obsessão em ter um corpo magro e perfeito é reforçada no dia-a-dia da sociedade ocidental. A valorização de atrizes e modelos, geralmente abaixo do peso, em oposição ao escárnio sofrido pelos obesos, é um exemplo disso.

d) Fatores familiares: dificuldades de comunicação entre os membros da família, interações tempestuosas e conflitantes podem ser consideradas mantenedoras dos transtornos alimentares.

e) Fatores psicológicos: algumas alterações características como baixa auto-estima, rigidez no comportamento, distorções cognitivas, necessidade de manter controle completo sobre sua vida, falta de confiança podem anteceder o desenvolvimento do quadro clínico.

TRATAMENTO

Os transtornos alimentares são melhor tratados quando são diagnosticados precocemente. É, no entanto, difícil o diagnóstico, pois o paciente pode negar os sintomas e o problema. Há necessidade de um profissional da área de saúde habilidoso para constatar o transtorno. Em alguns casos, o tratamento é de longa duração. A intervenção medicamentosa se faz necessária em boa parte dos casos e a psicoterapia é obrigatória.

O QUE A FAMÍLIA PODE FAZER?

Entender, em primeiro lugar, que não se trata de um problema simples e que a solução não é simples. É importante que se tenha calma e persistência no tratamento. A família pode auxiliar seguindo as orientações do profissional ou profissionais de saúde que estiverem acompanhando a pessoa que apresenta o transtorno. Ler sobre o assunto pode auxiliar, mas adotar novos comportamentos no ambiente familiar é essencial para a cura.



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